A proposta básica da economia circular é que os resíduos de uma indústria sirvam como matéria prima reciclada para outra, assumindo que todos os produtos e serviços tem origem na natureza ou em fatores dela, e que no final de sua vida útil, devem retornar a ela, em forma de resíduos ou em outras formas de menor impacto ambiental. É um conceito estratégico que visa redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. Buscando redefinir a noção de crescimento e beneficiando toda sociedade, a economia circular tem sido apoiada pela transição para fontes de energias renováveis. Esse modelo é responsável pela construção do capital social, natural e econômico.
Quando falamos sobre economia circular, devemos lembrar sempre que todo produto fabricado tem um ciclo de vida útil, seja por se tornar obsoleto aos padrões tecnológicos atuais ou simples deterioração devido tempo de uso. Este modelo pretende acabar com ineficiências, ao longo do ciclo de vida do produto, desde a extração das matérias-primas até à sua utilização, pelo consumidor.
Atualmente, com as novas condições sociais que a pandemia nos trouxe, o custo do plástico virgem teve aumentos significativos, que acumulados, chegam aproximadamente a 50% do valor anterior ao início da pandemia. Essas novas condições sociais fizeram com que houvesse necessidade de implementação de novos produtos e serviços, e assim aumentando a procura pelo plástico virgem. A emissão de resíduos plásticos na natureza também acompanhou essa nova demanda. Além do impacto ambiental negativo que essa demanda extra causa, para a própria cadeia produtiva do plástico ela é um problema. Esse aumento súbito da procura pelo material fez com que a cadeia produtiva do plástico se sobrecarregasse e assim os custos do material virgem fossem elevados. Importante ressaltar que os prazos para disponibilização do material virgem para as indústrias também foram seriamente afetados.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, em outubro de 2020, cerca de 150 milhões de toneladas métricas de plástico já estavam flutuando em nossos oceanos. E mais oito milhões de toneladas vão parar na água a cada ano. Segundo o Banco Mundial, em março de 2019, o Brasil era o 4º maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia.
Tendo como base dados tão expressivos de emissões de resíduos plásticos, percebe-se que a interação com a comunidade é uma alternativa muito viável para dar uma solução a curto e longo prazo para a emissão dos resíduos plásticos. Na atualidade, muitas companhias tem incorporado em suas políticas de redução de resíduos alguns princípios da economia circular e tem mostrado resultados promissores, segundo dados do 4º Congresso Brasileiro do Plástico.
fonte: https://www.abcdoabc.com.br/brasil-mundo/noticia/diretora-economia-circular-braskem-fala-sobre-iniciativas-economia-plasticos-125721
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